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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
O Bafo pela Memória
Encharcado de saudade. . .
Morre John Lennon pela trigésima vez em meu coração. Saudade daqueles tempos, daquelas épocas, na qual eu era bem mais o mundo; ou ele era bem mais a minha cara. Já não posso mais dizer que sinto isso da vida, da arte. Eu bem sei que ela nunca morre, pelo menos não em nós: arteiros e fieis dela. O mundo já não é mais o mesmo. Eu mesmo me tornei duro e saliente; às vezes até ranzinza. Preciso ser forte!
Sem mais fé ou dó pelo que vem... e vem. Que venha bem e até lá? Que meus filhos deitem no chão ao ouvir o vinil do John comigo! Eu tenho medo do que virá, e impavido estarei ao lado dos meus para sempre relembrar do que se foi e sonhar pelo que poderá vir. . .
John Lennon nunca mais. Mas sim em acordes e melodia no meu coração.
Carlos Drummond de Andrade se referiu certa vez ao mundo numa estrevista, dessa forma:
"- Pedro, se se parar de fabricar automóvel e produzir alimentos... o mundo acaba. Mas se parar de produzir sonata ou poema... o estoque dá para alimentar a humanidade para o resto da vida (....). O homem já se realizou na arte. O homem já disse tudo o que podia dizer. Onde outros colocam Deus eu coloco a obra de arte. Quem não acredita em Deus ainda pode acreditar em Mozart."
O homem se realizou na arte e disse tudo! Que mais homens digam sempre mais... não dá pra cessar.
Há 30 Anos mais um deles para de produzir arte e se vai...
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Morre John Lennon pela trigésima vez em meu coração. Saudade daqueles tempos, daquelas épocas, na qual eu era bem mais o mundo; ou ele era bem mais a minha cara. Já não posso mais dizer que sinto isso da vida, da arte. Eu bem sei que ela nunca morre, pelo menos não em nós: arteiros e fieis dela. O mundo já não é mais o mesmo. Eu mesmo me tornei duro e saliente; às vezes até ranzinza. Preciso ser forte!
Sem mais fé ou dó pelo que vem... e vem. Que venha bem e até lá? Que meus filhos deitem no chão ao ouvir o vinil do John comigo! Eu tenho medo do que virá, e impavido estarei ao lado dos meus para sempre relembrar do que se foi e sonhar pelo que poderá vir. . .
John Lennon nunca mais. Mas sim em acordes e melodia no meu coração.
Carlos Drummond de Andrade se referiu certa vez ao mundo numa estrevista, dessa forma:
"- Pedro, se se parar de fabricar automóvel e produzir alimentos... o mundo acaba. Mas se parar de produzir sonata ou poema... o estoque dá para alimentar a humanidade para o resto da vida (....). O homem já se realizou na arte. O homem já disse tudo o que podia dizer. Onde outros colocam Deus eu coloco a obra de arte. Quem não acredita em Deus ainda pode acreditar em Mozart."
O homem se realizou na arte e disse tudo! Que mais homens digam sempre mais... não dá pra cessar.
Há 30 Anos mais um deles para de produzir arte e se vai...
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O Bafo e a Saudade
A maior trilogia de todos os tempos na música. Sinta-se arrepiado e com o peito cheio de Saudade. The Batles - Golden Slumbers, Carry That Weight, The End
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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
O Bafo de Arte
Até que ponto o esteriótipo faz de nós seguidores da arte? Em que ponto aquele torna-se um esteriótipo?
É a Arte que prevalece - por sorte nossa... pela salvação do mundo. Se sobre o esteriótipo disseres que foi criado e que é ilusório, não importa, eu não conseguiria mesmo provar a fórmula dele.
Mas confiamos. . .
E no que me parece um breve espaço de tempo coube em uma década no meu inconsciente.
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É a Arte que prevalece - por sorte nossa... pela salvação do mundo. Se sobre o esteriótipo disseres que foi criado e que é ilusório, não importa, eu não conseguiria mesmo provar a fórmula dele.
Mas confiamos. . .
Caetano Veloso lê carta de Pero Vaz de Caminha aos portugueses e interpreta Os Argonautas:
E no que me parece um breve espaço de tempo coube em uma década no meu inconsciente.
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010
O Bafo Desbocado - Sonetos
Um pouco de Bocage para aguçar a noite podre. Nada mais nostalgico que sonetos a boca da noite, ou sonetos eróticos se assim preferirem.
Bocage, considerado o segundo maior sonetista da Língua Portuguesa merece nossa atenção.
Que novos dias de poesia possam vir, um brinde à bela Arte;
O desbocado e putanheiro poeta, por José Vicente Barbosa du Bocage:
I [SONETO DO MEMBRO MONSTRUOSO]
Esse disforme, e rígido porraz
Do semblante me faz perder a cor:
E assombrado d'espanto, e de terror
Dar mais de cinco passos para trás:
A espada do membrudo Ferrabrás
De certo não metia mais horror:
Esse membro é capaz até de pôr
A amotinada Europa toda em paz.
Creio que nas fodais recreações
Não te hão de a rija máquina sofrer
Os mais corridos, sórdidos cações:
De Vênus não desfrutas o prazer:
Que esse monstro, que alojas nos calções,
É porra de mostrar, não de foder.
II [SONETO AO ÁRCADE FRANÇA]
No canto de um venal salão de dança,
Ao som de uma rebeca desgrudada,
Olhos em alvo, a porra arrebitada,
Bocage, o folgazão, rostia o França. (2)
Este, com mogigangas de criança,
Com a mão pelos ovos encrespada,
Brandia sobre a roxa fronte alçada
Do assanhado porraz, que quer lambança.
Veterana se faz a mão bisonha;
Tanto a tempo meneia, e sua o bicho,
Que em Bocage o tesão vence a vergonha:
Quis vir-me por luxúria, ou por capricho;
Mas em vez de acudir-lhe alva langonha
Rebenta-lhe do cu merdoso esguicho.
III [SONETO DE TODAS AS PUTAS]
Não lamentes, oh Nise, o teu estado;
Puta tem sido muita gente boa;
Putíssimas fidalgas tem Lisboa,
Milhões de vezes putas têm reinado:
Dido foi puta, e puta d'um soldado;
Cleópatra por puta alcança a c'roa;
Tu, Lucrécia, com toda a tua proa,
O teu cono não passa por honrado:
Essa da Rússia imperatriz famosa,
Que inda há pouco morreu (diz a Gazeta)
Entre mil porras expirou vaidosa:
Todas no mundo dão a sua greta:
Não fiques pois, oh Nise, duvidosa
Que isso de virgo e honra é tudo peta.
IV [SONETO DO PAU DECIFRADO]
É pau, e rei dos paus, não marmeleiro,
Bem que duas gamboas lhe lobrigo;
Dá leite, sem ser árvore de figo,
Da glande o fruto tem, sem ser sobreiro:
Verga, e não quebra, como zambujeiro;
Oco, qual sabugueiro tem o umbigo;
Brando às vezes, qual vime, está consigo;
Outras vezes mais rijo que um pinheiro:
À roda da raiz produz carqueja:
Todo o resto do tronco é calvo e nu;
Nem cedro, nem pau-santo mais negreja!
Para carvalho ser falta-lhe um U; [carualho]
Adivinhem agora que pau seja,
E quem adivinhar meta-o no cu.
V [SONETO DO EPITÁFIO]
Lá quando em mim perder a humanidade
Mais um daqueles, que não fazem falta,
Verbi-gratia — o teólogo, o peralta,
Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade:
Não quero funeral comunidade,
Que engrole "sub-venites" em voz alta;
Pingados gatarrões, gente de malta,
Eu também vos dispenso a caridade:
Mas quando ferrugenta enxada idosa
Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitáfio mão piedosa:
"Aqui dorme Bocage, o putanheiro;
Passou vida folgada, e milagrosa;
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro".
terça-feira, 16 de novembro de 2010
O Bafo de Arte: A cultura e poesia da nossa gente
Na obra de João Cabral de Melo Neto está escondida as raízes profundas da nossa gente. Poema musicado por Chico Buarque de Holanda.
Toda tristeza do "Funeral de um lavrador" em "Morte e Vida Severina".
-Bafo L.F.
Toda tristeza do "Funeral de um lavrador" em "Morte e Vida Severina".
-Bafo L.F.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
O Bafo e a Música: For No One - The Beatles
Eu louvo o velho e não desisto. Que o mundo reconheça isso antes que seja um tempo onde não se pode voltar mais, ou talvez, nem sonhar mais.
Os velhos e bons, e melhores: The Beatles
- Bafo L.F.
Os velhos e bons, e melhores: The Beatles
- Bafo L.F.
Bafo Artístico - Surrealismo
Surrealismo tende a ser o melhor e mais notável movimento de arte. Em suas viagens metalinguísticas o surrealismo mostra o quanto somos pré-dispostos a tentar entender tudo e o quanto somos alienados pelo mesmo.
Um velho gênio do assunto dizia que: “ o surrealismo é a transposição do que o nosso sub-consciente entende de tudo para um plano ”.
Alguns pintores do surrealismo: Salvador Dali, René Magritte, Joan Miró, Jacek Yerka...
Bafo A.P.
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